Obesidade: veja causas, complicações e tratamento

 

11 Verdades Sobre Obesidade Que Você Precisa Saber l Telavita

A obesidade, por si só, é uma doença? Deve ser tratada como tal?

O excesso de peso se tornou uma preocupação de saúde pública ao longo dos anos e, embora não seja necessariamente sinônimo de doença, a atenção gira em torno dos riscos que esse excesso de quilos pode trazer quando aumenta as chances de problemas de saúde diversos. Uma pessoa pode ser considerada obesa quando o IMC — Índice de Massa Corporal — está acima de 30kg por metro quadrado.

Leia mais: Como a obesidade vem deixando de ser encarada pela medicina como fruto de preguiça ou somente comportamental

De acordo com a OMS, a obesidade é um agravo multifatorial decorrente de balanço energético positivo que favorece o acúmulo de gordura. Para a médica endocrinologista Bruna Galvão, é necessário romper com o preconceito existente sobre o excesso de peso, mas, por outro lado, também é essencial que haja o alerta para as complicações que a condição pode trazer ao organismo sem limitar o debate ao fato de ser ou não ser uma doença.

— A vantagem de definir obesidade como doença é a gente criar mecanismos de combate aos problemas que ela traz. Controlar o avanço da obesidade, promover melhora de de estilo de vida, uma alimentação mais saudável, estimular a prática de atividade física... A parte ruim de definir a obesidade como doença é porque a gente pode estar reforçando o estigma que ela traz. A gordofobia está em voga hoje, porque realmente tem acontecido, e isso também precisa ser combatido — explica a médica.

Há causas para a obesidade? Quais são os graus?

As causas para a obesidade são diversas e, segundo o Ministério da Saúde, pode estar relacionada a fatores biológicos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos. Por outro lado, também pode estar diretamente ligada à má alimentação e ao sistema alimentar do país. Além disso, há relação com a ausência do estímulo de hábitos saudáveis e atividades físicas, por exemplo.

A obesidade é dividida em graus definidos de acordo com o IMC. São eles:

  • Obesidade Grau 1: IMC entre 30 e 34,9
  • Obesidade Grau 2: IMC entre 35 e 39,9
  • Obesidade Grau 3: IMC maior ou igual a 40
  • De acordo com a endocrinologista, quanto maior o índice, maiores as chances de desenvolvimento de doenças associadas.
  • Como é identificado o quadro de obesidade?

    A obesidade pode ser identificada por meio de exame clínico e cálculo do IMC. No entanto, a especialista alerta para o fato de que o índice pode não enquadrar obesidade, mas, ainda assim, existir acúmulo da gordura visceral — localizada na região abdominal, próximo aos órgãos — e, portanto, ter alto risco de problemas cardiovasculares.

    — Mesmo em pessoas que têm peso normal ou um discreto ganho de peso, é importante avaliar se aquela gordura está distribuída de forma mais central ou se é uma forma mais periférica — orienta a endocrinologista.

    Nos casos em que há gordura abdominal ou "central", é necessário ter maior observação e atuação na melhora na alimentação e nos hábitos de vida.

    Quais são os reflexos da obesidade no organismo?

    De acordo com a médica, o principal impacto da obesidade no organismo é metabólico. Dessa maneira, há maior chance de doenças como a hipertensão ou a diabetes, mas também pode existir predisposição a outras complicações, como a esteatose hepática — também conhecida como "gordura no fígado" —, apneia do sono, problemas ortopédicos, refluxo gastroesofágico e até mesmo alguns tipos de câncer, como o câncer de próstata, de endométrio, de mama e de cólon.

    — O excesso de peso está relacionado a muitas doenças do ponto de vista da sobrecarga. Então, por exemplo, há sobrecarga sobre as articulações, por isso maior risco de artrose. Há sobrecarga no sentido de espremer mais a quantidade de comida no estômago, então aumenta o refluxo — explica Bruna Galvão.

    Como deve ser tratada a obesidade? Que cuidados tomar ao sair da condição de obesidade?

    O acompanhamento realizado com um indivíduo obeso deve ser multidisciplinar. Segundo a médica, o endocrinologista é o profissional apto a acompanhar a presença de alguma das doenças mais comuns às pessoas com obesidade e controlar o excesso de peso.

    Por outro lado, também é essencial a atuação de um psicólogo para tratar de questões emocionais e relacionadas à saúde mental, aceitação daquele corpo na sociedade e auto-aceitação. O trabalho de um fisioterapeuta ou educador físico também é aliado no tratamento da obesidade com as atividades físicas, assim como a presença de um nutricionista para regular e fazer ajustes no cardápio e incentivar a reeducação alimentar. Em alguns casos, quando há presença de transtorno alimentar ou depressão, também é necessária a atuação de um médico psiquiatra.

    Segundo a endocrinologista Bruna Galvão, é importante que a atenção ao corpo e à saúde seja mantida mesmo em casos nos quais o paciente sai do quadro de obesidade.

    — O paciente que foi obeso um dia deve ter acompanhamento médico para o resto da vida. Mesmo que ele consiga emagrecer e se encaixar dentro de um IMC normal, ele não deve relaxar nos seus cuidados. A obesidade pode voltar. Se a pessoa relaxa na atividade física ou nos medicamentos, se for o caso, a tendência é que o peso volte a ser recuperado. Então, é necessário que a pessoa se cuide pro resto da vida — explica a endocrinologista.

    (Fonte: O Globo)

 


Fruta umbu é típica do Brasil e possui muitos benefícios! Conheça os principais

 

Umbu é uma fruta originária da Caatinga rica em vitamina A, C, fibras e minerais, como cálcio, ferro e potássio

 

Conhecer todas as frutas nativas do Brasil não é uma missão fácil. Afinal, estima-se que o país tenha pela menos 312 espécies típicas - das quais se destacam o açaí, o cupuaçu, a carambola, graviola e muitas outras consideradas exóticas. Mas você já ouviu falar no umbu (ou imbu), por exemplo? Apesar de não ser muito conhecida, essa fruta é uma das mais nutritivas presentes no catálogo brasileiro (é fonte de diversas vitaminas, minerais, fibras e proteínas) e pode ser usada em diversas receitas. Quer aprender mais sobre o umbu? Nós preparamos uma matéria sobre os seus principais benefícios, curiosidades e usos na cozinha. Confira!

Umbu ajuda a aumentar a imunidade, pois é fonte de vitaminas do complexo B, A e C

Assim como a maioria das frutas típicas brasileiras, o umbu se destaca por ter um alto teor de vitaminas e antioxidantes. As vitaminas A e C, em especial, ajudam a fortalecer o sistema de defesa do corpo e também apresentam ação antioxidante (combatem a ação dos radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce). Além disso, o umbu é rico em vitaminas do complexo B, que também fortalecem a imunidade e auxiliam no funcionamento do sistema nervoso.

Fruta umbu tem alto teor de minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e zinco

Além de ser fonte de vitaminas importantes, a fruta umbu é rica em minerais indispensáveis para o organismo, como cálcio e fósforo (importantes para a formação e fortalecimento dos ossos e dentes), ferro (responsável pelo transporte de oxigênio entre as células), potássio e zinco (fundamentais para o funcionamento dos músculos). Por isso, essa fruta é considerada bem completa em termos nutricionais e deve ser incorporada ao seu dia a dia de alimentação.

Folhas de umbu são fontes de proteínas e têm propriedades medicinais

Você sabia que, além de comer o umbu fruta, você também pode consumir as folhas e raízes do umbuzeiro no dia a dia? As folhas de umbu, em especial, têm alto teor de proteínas, vitamina C e propriedades medicinais que auxiliam no funcionamento do intestino e aceleram o metabolismo (indicado para quem precisa perder peso). As folhas de umbu podem ser usadas no preparo de chás e sucos ou até mesmo de saladas e refogados. Interessante, né?

Curiosidades do umbu: fruta é nativa da Caatinga, tem sabor levemente azedo e é ótima para fazer geleias e doces

Originário da Caatinga (bioma que se concentra na região Nordeste), o umbu é arredondado, pequeno, tem casca lisa e um pouco aveludada de coloração verde. A fruta tem um sabor levemente azedo e é muito usada na culinária nordestina - no preparo da umbuzada, por exemplo, que é uma bebida típica da Bahia. Além de ser consumido in natura, o umbu pode render receitas de geleias, compotas, mousses, sorvetes e outros doces. O suco de umbu, em especial, é muito indicado para limpar o organismo, pois é altamente hidratante, rico em vitaminas e antioxidantes.

(Fonte: Conquiste sua vida)

 


Você conhece a fruta cajá?

 

A família Anacardiaceae agrupa diversas espécies frutíferas como as Spondias (cajá, umbu, serigüela, cajarana, umbu-cajá), o cajueiro (Anacardium occidentale L.), a mangueira (Mangifera indica L.) e o pistache (Pistacia vera L.), que são exploradas economicamente em várias áreas tropicais e subtropicais do mundo.

A cajazeira (Spondias mombin L.) é nativa das terras baixas do México e das Américas Central e do Sul (CROAT, 1974), comum nas florestas úmidas do Sul do México até o Peru, e estendendo-se até o Brasil, e no Oeste da Índia (MORTON, 1987), ou seja, é nativa da América Tropical (AIRY SHAW; FORMAN, 1967; LÉON, 1987; PURSEGLOVE, 1984).

No Brasil, as cajazeiras são encontradas isoladas ou agrupadas, notadamente na Amazônia e na Mata Atlântica, prováveis zonas de dispersão da espécie, e nas zonas mais úmidas dos estados do Nordeste. O cajá é o fruto da cajazeira (Spondias mombin L.), árvore da família das Anacardiáceas que está presente em vários estados brasileiros especialmente nas regiões Norte e Nordeste, como nos estados de Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O fruto da cajazeira é conhecido por vários nomes cajá-manga, cajá-mirim, cajá-redondo, cajazinha, cajá e taperebá. Se adapta bem aos climas úmido, sub-úmido e quente. Populações extrativistas da região retiram parte de sua renda, na época da safra, da coleta dos frutos.

Nas áreas de ocorrência espontânea pode atingir até 30 m de altura e a copa mais de 20 m de diâmetro. O tronco é ereto com aproximadamente 2 m de circunferência, casca de coloração acinzentada, rugosa e fendilhada. As flores são dispostas em cachos (panículas) com cerca de 2.000 flores por cacho. Contudo, somente de 10 a 12 frutos atingem a maturação por cada cacho. O fruto apresenta forma ovoide, casca fina e lisa de coloração amarelo-alaranjada. O caroço é volumoso, branco e enrugado, dentro do qual pode se encontrar até cinco sementes, no entanto, geralmente ocorre apenas 1 semente. Também há caroços que não contém nenhuma semente. A polpa possui sabor ácido-adocicado e coloração amarelo-alaranjada.

Em áreas na região do sul da Bahia foram coletadas e analisadas amostras de frutos de diversas plantas cajazeiras, verificou-se que o peso dos frutos variou de 9,25g a 40g e o rendimento de polpa de 56,07% a 73,22% (SACRAMENTO et al., 2007).

Desta forma, o fruto da cajazeira é classificado como drupa, com mesocarpo carnoso, amarelo, de sabor agridoce, contendo carotenoides. Com cerca de 6 cm de comprimento, formato ovóide, achatado na base, cor variando do amarelo ao alaranjado, casca fina, lisa, polpa pouco espessa, variando do amarelo ao alaranjado, suculenta e de sabor ácido-adocicado. O endocarpo, caroço, é grande, branco, súbero-lignificado e enrugado contém dois a cinco lóculos e zeros a cinco sementes.

De sabor doce e levemente ácido, o cajá é uma fruta que pode ser consumida de diversas maneiras e suas propriedades riquíssimas para a saúde. Assim, a fruta é uma boa fonte de vitaminas, principalmente a “A” e é rico em fibras, fósforo, ferro e cálcio. A polpa suculenta do cajá é bastante utilizada na produção de geleias, sucos, sorvetes, compotas, licores e sobremesas. O rendimento na produção da polpa pode chegar a 56%.

O Cajá possui diversos benefícios para a saúde como reduzir o risco de doenças crônicas devido à presença de antioxidantes. Como exemplo a Alzheimer e certos tipos de câncer. Além disso, ajuda a fortalecer os ossos, assim devido a abundância de cálcio e outros minerais prevenindo a osteoporose. Assim, o cajá é uma fruta altamente energizante e que ajuda a combater a fadiga (cansaço). Também a fruta é rica em vitamina A, retinol, seu consumo é muito benéfico para a saúde e aparência da pele. Portanto, previne o envelhecimento precoce, garantindo uma pele firme e jovial. Outras vantagens são a proteção contra doenças cardíacas. Prevenindo as doenças cardiovasculares como o AVC, derrame e infarto. E também a Prevenção da anemia, o cajá é rico em ferro. 

A cajazeira desenvolve-se bem nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, em clima quente úmido ou subúmido, e resiste a longos períodos de seca. No estado da Paraíba tem grandes concentrações de cajazeiras, e a altitude é de 130 a 618m. A temperatura situa-se entre 23ºC e 24,5ºC e a precipitação média é cerca de 1.400 mm ao ano. Já no estado do Ceará, as cajazeiras ocorrem em regiões com precipitação média anual superior a 1.100 mm. Enquanto que na região sul da Bahia, a maior concentração de cajazeiras ocorre em áreas de solos férteis, profundos e ricos em matéria orgânica em consórcio com cacaueiros ou mesmo em solos de baixa fertilidade. A temperatura média na região situa-se em torno de 24 ºC, a umidade relativa, acima de 80%, e a precipitação, de 1.500 mm a 1.800 mm, bem distribuída.

A cajazeira pode ser propagada tanto pelo método sexual (por sementes) quanto pelo assexual ou vegetativo, principalmente por estaquia de caule ou de raiz, e por enxertia. Recomenda-se o plantio de mudas vigorosas com cerca de 6 a 8 folhas desenvolvidas. As covas adubadas, devem ter dimensão de 40 cm x 40 cm x 40 cm. Considerar o porte da planta adulta sugere-se um espaçamento sistema quadrangular de 10m x 10m ou 9m x 9m  conduzidas com poda de formação. Atualmente a cajazeira tem sido usada para sistemas agroflorestais com outras plantas de menor porte que suportam sombreamento como o cacaueiro e o cupuaçuzeiro.

No Estado da Paraíba pesquisas com nutrição mineral em cajazeira demostraram que a planta responde muito bem a adubação fosfática e potássica, obtendo a máxima produção de frutos com as doses 148,06 g e 30 g planta de K2O e P2O5, respectivamente.

As pragas principais da cajazeira são mosca-das-frutas (Anastrepha spp.), saúvas do gênero Atta, mané-magro, bicho-pau (Stiphra robusta Leitão) e pulgão, todas com nível de dano econômico, sendo necessário o uso de controle químico. Em relação às doenças Antracnose (Glomerella cingulata),Verrugose (Sphaceloma spondiadis), Resinose (Botryosphaeria rhodina), eCercosporiose (Mycosphaerella mombin) são as principais da frutífera.

A época de colheita é variável nos diversos estados brasileiros. Na Paraíba, vai de maio a julho, enquanto, no sul da Bahia, ocorre de março a maio. Em Belém, ocorre pequena colheita em maio, e a produção concentra-se no período de agosto a dezembro. A colheita ocorre de dezembro a fevereiro em Manaus e em Rio Branco. No Ceará, a colheita estende-se de janeiro a maio, entretanto, a época de produção nesses locais podem variar de acordo com as alterações pluviométricas.

As árvores das cajazeiras apresentam desuniformidade de maturação dos frutos e altura significativa dificultando a colheita que torna-se manual desse modo, os cajás maduros são colhidos no chão. Ao se desprenderem das plantas, os frutos chocam-se com galhos ou mesmo com o solo e danificam-se.

As dificuldades da colheita dos frutos aliada com as condições de acesso de transporte dos frutos estima-se que menos 30% da produção de cajá seja aproveitada para consumo humano. Na região sul da Bahia, os frutos são colocados em balaios de cipó, caixas e sacos, e depois são transferidos para caixas de plástico, onde são transportados para agroindústrias de polpas, ou são comercializados às margens das rodovias ou em feiras e mercados. Quando o destino é a agroindústria, os frutos são comercializados em caixas de plástico de 20 L. Devido a sua acidez, os frutos da cajazeira não são consumidos ao natural. Quando destinados à industrialização passam por processo de seleção, lavagem, despolpamento, refino, envasamento ou ensacamento, pasteurização e congelamento.

    O cajá possui excelentes sabor e aroma, além de rendimento acima de 60% em polpa; por isso, é amplamente utilizado na confecção de suco, néctar, sorvetes, geléias, vinhos e licores.  No mercado de polpas e seus derivados, tanto no Nordeste quanto na Zona da Mata de Pernambuco, o cajá apresenta uma das maiores demandas entre as frutas comercializadas nas Ceasas, feiras-livres e supermercados. Apesar de o elevado potencial agroindustrial, a cajazeira ainda é explorada de forma extrativista, em pomares domésticos e/ou em plantios desorganizados, conduzidos com baixo nível tecnológico. Tal extrativismo é responsável pela pouca oferta de frutos, sendo um dos principais problemas para as agroindústrias de polpa por não atender as demandas do mercado consumidor.

            De acordo com Pio Corrêa (1926), na medicina popular e na indústria farmacêutica é crescente a utilização da cajazeira. A casca da cajazeira é aromática, adstringente e emética. Trata-se de um remédio nos casos de febres biliosas e palustres e goza da reputação de antidiarréica, antidesintérica, antiblenorrágica e anti-hemorroidária, sendo esta última propriedade também atribuída à raiz da planta. As folhas podem ser utilizadas como alimento do bicho da seda e também são utéis contra febres biliosas, constipações do ventre, dores do estômago, complicações consecutivas aos partos e a certas enfermidades dos olhos e da laringe, posto que, para estas últimas, seja mais recomendável o decocto das flores, que são aromáticas, e cujo macerato, além de refrigerante e estomático (medicamentos que combatem as afecções da boca), é reconhecidamente vantajoso no combate à diarréia da primeira infância. De acordo com Braga (1960), utiliza-se a infusão de casca em gargarejos, e das sementes maceradas nas retenções de urina e de catarros na bexiga.

Nos últimos anos, descobriu-se que o extrato das folhas e dos ramos da cajazeira contém taninos elágicos com propriedades medicinais para o controle de bactérias gram negativas e positivas. Ajao et al. (1984) e Corthout et al. (1991), num programa de seleção de plantas superiores com propriedades antivirais, mostraram que substâncias contidas nas folhas e nos ramos da cajazeira apresentaram pronunciada atividade antiviral contra Coxsackie B2 e o vírus do herpes simples. Recentemente, foi lançado nos Estados Unidos o fitoterápico Herpiz-Km, produzido no Brasil, e composto com o extrato das folhas de cajá. 

A cajazeira é utilizada também para a extração de sua madeira, a qual apresenta consistência mole e leve, de baixa qualidade, muito susceptível ao ataque de insetos. A madeira é bastante usada em caixões e, mais raramente, construções internas (HUECK, 1972). Conforme Braga (1960), a madeira dessa espécie apresenta peso específico de cerca de 0,508 e tem pouca aplicação. A casca presta-se à modelagem e à xilogravura e a fonte de substância adstringente. Prance e Silva (1975) relatam que as árvores são utilizadas como cerca viva, árvores de sombra e ornamentais, servindo também para alimentar o gado.

Os frutos da cajazeira são comercializados em feiras livres e beiras de estrada, juntamente com outras frutas regionais. A maior parte da produção, porém, é vendida para as agroindústrias regionais. Feito o processamento, a polpa é comercializada congelada, em embalagens de 0,1 kg a 10 kg ou em tambores de 200 L. As embalagens de 100 g, conhecidas como polpinhas, têm tido excelente aceitação entre os consumidores, principalmente lanchonetes e donas de casa, por facilitarem a preparação de sucos.

A atual produção dos frutos de cajá, considerando a grande demanda, não atende às necessidades do mercado interno, que fica ainda muito restrito às regiões Norte e Nordeste. Existe, portanto, amplos mercados interno e externo a serem explorados.

 

 

 

 


6 dicas de alimentação para manter a saúde do corpo em dia

 

Muito tem se falado em alimentação saudável – e como a escolha correta do que se coloca no prato pode ser uma aliada na hora de melhorar a saúde do corpo, evitando problemas como pressão alta, colesterol elevado e até câncer. Só dessa maneira é possível melhorar a qualidade de vida como um todo.

Será que você sabe exatamente como a alimentação pode ser uma aliada para o seu bem-estar? E ainda, quais as dicas que podem melhorar a sua saúde e a sua qualidade de vida? Continue a leitura e veja as dicas importantes que separamos para você!

Alimentação e saúde do corpo: qual é a relação?

A alimentação é a base para que o nosso corpo funcione corretamente. Sem os nutrientes certos, muitas das nossas reações químicas e biológicas deixam de acontecer como deveriam – e o resultado pode ser, desde disfunções até doenças.

É por meio da alimentação que conseguimos ter energia para desenvolver as atividades diárias e que absorvemos vitaminas, minerais, gorduras, proteínas e água – indispensáveis para o bom funcionamento do nosso corpo. Quando a nossa rotina alimentar fica desbalanceada, surgem problemas como:

  • queda na imunidade;
  • aumento do colesterol ruim;
  • aumento das chances de desenvolvimento de doenças como diabetes, infarto, derrames e até câncer;
  • aumento da gordura corporal e da inflamação do corpo;
  • queda no metabolismo;
  • dificuldades para dormir e para se concentrar;
  • dificuldade para ganhar músculos;
  • mau funcionamento do intestino.

Dicas de alimentação para colocar em prática

Como você viu, investir em uma alimentação mais saudável e balanceada pode ajudar a prevenir doenças e a lhe dar mais disposição, melhorar a qualidade do seu sono e favorecer o seu bem-estar. Por isso, separamos algumas dicas simples para que você seja capaz de se alimentar melhor. Confira:

  1. Prefira os alimentos naturais

Com a correria do dia a dia, nem sempre pensamos no que estamos consumindo. O resultado disso é o abuso dos alimentos industrializados e altamente processados, que podem conter doses elevadas de sódio, de açúcar e de gorduras saturadas. Além de conservantes e outros produtos químicos que podem colocar a saúde do nosso corpo em risco.

O ideal é, sempre que possível, preferir o alimento natural, fazendo substituições inteligentes. Por exemplo, ao invés de consumir o hambúrguer industrializado, prefira um corte magro de carne ou faça o seu próprio hambúrguer em casa.

O mesmo vale para os temperos. Deixe de usar os caldos de carne industrializados e dê mais sabor às suas receitas com as ervas naturais, como o manjericão e o orégano, além da cebola e do alho.

  1. Aprenda a ler os rótulos

Nem sempre é possível fugir dos industrializados. Mas isso não significa que você não encontrará produtos mais naturais benéficos à sua saúde.

Para saber o que você está comendo, aprenda a ler os rótulos dos alimentos. Em todos, o primeiro ingrediente é o que está presente em maior quantidade no produto e o último é o que tem menor quantidade.

Assim, se você está comprando um pão integral, é muito importante que o primeiro ingrediente seja farinha de trigo integral e não farinha de trigo enriquecida ou só farinha de trigo. Além disso, note também os valores nutricionais e veja se o produto tem uma boa distribuição entre carboidratos e proteínas, além da quantidade de sódio e de açúcar.

  1. Evite o excesso de sal e de açúcar

Como temos dito, o excesso de sal e de açúcar são os principais vilões de quem deseja ter uma alimentação mais saudável. O sódio (sal), quando consumido em exagero, pode levar a problemas graves, principalmente à hipertensão.

Lembrando que o sódio não está presente apenas no sal de cozinha, mas também nos alimentos industrializados, como refrigerantes, bolachas, biscoitos, massas e embutidos. Por isso, é sempre importante conferir essa informação no rótulo.

O açúcar em excesso também pode ser prejudicial, influenciando o funcionamento do pâncreas e a regulação de insulina – algo muito ruim, tanto para quem é diabético quanto para quem tem predisposição à doença. Assim como o sódio, o açúcar pode estar presente em outros alimentos, em especial nos carboidratos simples, ou seja, naqueles feitos com farinha branca. Por isso, uma dica é sempre optar pelos carboidratos integrais, que impedem a liberação rápida de insulina e mantêm o funcionamento correto do pâncreas.

  1. Faça substituições

Ter uma alimentação mais saudável não é uma tarefa difícil, mas é preciso atenção e cuidado, buscando o equilíbrio. Fazer substituições nas suas receitas pode ser uma forma de conseguir isso, trocando os ingredientes gordurosos e pesados por versões mais leves.

O macarrão tradicional, por exemplo, pode ser substituído pelo palmito de pupunha desfiado ou até pela abobrinha. Ao invés do molho branco com muito queijo, prefira um molho de tomate natural. Outras substituições simples também já fazem diferença, como trocar o atum em óleo pelo atum em água, escolher queijos mais leves como a ricota e o cottage, e dar preferência às versões integrais, inclusive de arroz.

  1. Invista nas frutas

As frutas são ricas em vitaminas e minerais importantes, além de ajudar na hidratação e serem ricas em fibras, favorecendo o funcionamento do intestino. O ideal é consumir entre 3 e 5 porções diárias, distribuídas entre o café da manhã e os lanches intermediários.

Para não cair na monotonia, invista na variedade, afinal, existem muitas opções de frutas. Fique sempre de olho naquelas da época, ajudando também a economizar.

  1. Saiba fazer combinações inteligentes

O segredo para uma alimentação saudável está em criar um cardápio balanceado, ou seja, que considere as suas necessidades diárias de carboidratos, proteínas, gorduras, minerais, fibras e água. Por isso, uma alimentação saudável é aquela variada, em que se come de tudo, porém nas quantidades certas.

Uma dica é evitar uma refeição com apenas uma fonte de energia. Por exemplo, se você for almoçar apenas macarrão, estará consumindo uma refeição inteira apenas com carboidrato, o que poderá lhe dar mais fome logo em seguida.

Para balancear essa equação, inclua uma fonte de proteína (como um peito de frango grelhado) e uma boa salada antes da refeição principal. Esse equilíbrio, além de oferecer as quantidades certas dos nutrientes que você precisa, ainda fará com que a sua saciedade seja prolongada.

Além de todas essas dicas, não se esqueça de se manter hidratado, consumindo em média 2 litros de água por dia. Claro, invista também nas verduras e nos legumes, criando pratos coloridos e ricos em nutrientes.

Gostou das nossas dicas de alimentação para melhorar a saúde do corpo? Aproveite e compartilhe este post com seus amigos nas suas redes sociais!

(Fonte: Especial Med)